A PSICOLOGIA SIMBÓLICA JUNGUIANA

PSICOLOGIA SIMBÓLICA JUNGUIANA – A viagem de humanização do cosmos em busca da iluminação.
São Paulo :Editora Linear B, 2008, 304 pp.

Carlos Amadeu Botelho Byington

Resenha

A Psicologia Simbólica Junguiana emprega a noção de símbolo para abranger toda a dimensão psicológica individual e coletiva.
Ao ampliar também o conceito de arquétipo para (prefiro “a fim de”) englobar a Consciência, Carlos Byington descreve cinco padrões arquetípicos como as cinco formas de inteligência que usamos para compreender a vida.

O livro introduz o Arquétipo da Alteridade capaz de interagir as polaridades na Consciência em relação dialética, na qual os pólos têm igual direito de expressão. Assim, o Arquétipo de Alteridade é compreendido como o arquétipo da democracia, da criatividade e do amor.
Baseado na relação dialética dos opostos, o livro analisa a complementaridade entre as obras de Freud e Jung e reúne alguns dos seus conceitos básicos para formar novas sínteses.

Embasada na ampliação da noção de arquétipo, a psicologia simbólica junguiana inova também ao modificar e articular os conceitos de Sombra, de Jung, com o de defesa, de Freud, dando novo sentido à psicopatologia e ao estudo da ética na psicologia.

Os padrões arquetípicos da consciência, conceituados por Byington, nos permitem diferenciar o funcionamento das pessoas e das culturas, e em função deles, perceber as diversas expressões da Sombra individual e coletiva.

Ao fazer a distinção entre a Sombra do Arquétipo Patriarcal, que se expressa de forma elitista e com freqüência autoritária, e a proposta democrática e amorosa do padrão dialético do Arquétipo de Alteridade, o autor enraíza nos arquétipos o dilema da modernidade, que se situa entre a atitude autocrática e, por vezes, predadora e exploradora e a visão de mundo amorosa, ecológica, democrática e de compaixão que, esperamos, possa assegurar o futuro da humanidade.

Congregando harmoniosamente as idéias de Freud e Jung, Byington vai além e apresenta concepções originais, com a conceituação de dois novos arquétipos: o Arquétipo da Alteridade e o Arquétipo da Totalidade. Estes passam a integrar -, ao lado dos Arquétipos Matriarcal e Patriarcal estudados por Erich Neumann – os arquétipos regentes da Consciência. Ao descrever este quatérnio, o autor enriquece o pensamento junguiano afirmando que a Consciência, e com ela o Ego, possuem cinco padrões arquetípicos próprios.

No âmbito da abrangente fundamentação teórica da Psicologia Simbolica Junguiana, que inclui os conceitos de Self cultural e de processo de humanização, este baseado em Teilhard de Chardin, o autor propõe uma teoria arquetípica da história, na qual aborda a implantação do Arquétipo da Alteridade no Ocidente e no Oriente através dos mitos de Cristo e de Buda.

Realizando uma síntese feliz, Carlos Byington nos apresenta ainda o processo de individuação e de humanização no Mito de Édipo, coroando não apenas o livro, mas suas próprias idéias ao conjugá-las às de Freud e Jung por meio de concepções que lhes foram tão caras.

*Carlos Amadeu Botelho Byington é médico-psiquiatra, educador e historiador. Ampliou o conceito de arquétipo para englobar também a Consciência Individual e Coletiva. É membro fundador da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica e membro da Sociedade Internacional de Psicologia Analítica. Criador da Psicologia Simbólica Junguiana. Criador da Pedagogia Simbólica Junguiana e da Psicologia Simbólica Junguiana.

Autor de inúmeros artigos e vários livros lançou pela W11 Editores os livros: Inveja Criativa – O Resgate de uma Força Transformadora da Civilização e Construção Amorosa do Saber – O fundamento e a finalidade da Pedagogia Simbólica Junguiana e pela Editora Liner B os livros: Envidia Creativa. El rescate de una fuerza transformadora de la civilización e La Construcción Amorosa Del Saber – El fundamento y la finalidad de la Pedagogía Simbólica Junguiana.